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ARTIGO

COMPETÊNCIA COMPORTAMENTAL

Marcos Luiz Gilioti 

Psicólogo Organizacional e Clínico da Transcendência Consultoria – Gestão e Desenvolvimento de Pessoas - CRP: 06/77023

(marcos@transcendencia.net – 9.9755-2727 Vivo / 9.9114-7027 Claro)

     Nos dias de hoje, as pessoas que trabalham ou estão procurando colocação, precisam ficar atentas ao que as organizações (empresas) com “mentalidade avançada”, estão mais valorizando. O mundo corporativo tem apreciado o que chamamos de “Competência Comportamental”; porém, não são todos que têm percebido tal valorização.

     “Competências são repertórios de comportamentos que algumas pessoas e/ ou organizações dominam, o que as faz destacar de outras em contextos específicos”. Pode-se dizer que é o C.H.A.I.V, conjunto de saberes (Conhecimentos), o saber fazer (Habilidades); o saber ser (Atitudes e comportamentos), aliados ao Interesse e a Vontade de realização; que leva o profissional a conseguir agir com todas as qualificações e capacidades para resolver situações concretas de trabalho, transpondo experiências adquiridas de uma situação a outra.

     Estas empresas estão de olho em profissionais preocupados em desenvolver esta competência, ou seja, anseiam por pessoas mais flexíveis e criativas; mais do que exímios técnicos qualificados. Requerem detentores de um caráter excelente que os leva a comportamentos ilustres, cheios de Princípios (paixão pelo negocio, parceria, amor pelo o que faz, respeito, solidariedade, honestidade...).

     Ademais, afirmo que tal competência tem sido um dos principais requisitos para se conseguir um bom trabalho; como também para se manter nele. O contrário também é verdadeiro, pois surpreendentemente, pesquisas sobre causas de perda de emprego revelaram, simplesmente, que em 87% dos casos, as pessoas são desligadas da empresa, por problemas comportamentais e não por erros técnicos. Entre essas deficiências pode-se citar a dificuldade de comunicação; de aceitar ou desempenhar liderança; de governar conflitos; de coexistir com diferenças pessoais e também com a falta de plasticidade para suportar as mudanças, internas ou externas da empresa; e com a insuficiência de caráter criativo, muito importante para o desenvolvimento organizacional.

     Diante disto e pela dificuldade de se encontrar profissionais já desenvolvidos “comportamentalmente”, muitas empresas estão a cada dia investindo em Programas de Desenvolvimento Pessoal (treinamentos comportamentais), a fim de oportunizar tal competência.

A esse respeito, deixo como exemplo máximo de “Competência Comportamental”, tão valorizada, a expressada por Jesus. De muitas, destaco a criatividade e o relacionamento interpessoal. Ele em seus sermões, muitas vezes utilizava uma pedagogia interessante e eficaz, as parábolas. A criatividade está em que conseguia manter a atenção das pessoas, despertando suas curiosidades e desejos de ulterior explicação de uma mensagem que os deixava com a “pulga atrás da orelha”. Jesus também era competente na arte de relaciona-se, em que apesar de não comungar das mesmas atitudes dos chamados “pecadores”, promovia o bom relacionamento; “sentando-se” com eles, (Mt 9: 10-13); entrando em suas casas, como a do conhecido Zaqueu, (Lc 19: 5-10). Com isso, além de exemplificar a política da boa convivência, revelou uma estratégia educacional e de salvação.

     Agora! Existem duas competências essenciais, inexoravelmente atreladas, muito ligadas, de cunho comportamental que Jesus ensinou; a de ser sal e luz, (Mt 5:13-16). Estas competências “bem casadas” representam, nada mais, nada menos, do que fazer a diferença; o ato de ir além do realizar apenas o “feijão com arroz”, ou seja, nelas estão implícitas um repertório de comportamentos que contribuem para o desenvolvimento benéfico da empresa. Então, ser sal e luz, quer dizer: cumprir com as normas da empresa; primar por um bom relacionamento; ser flexível; andar na contramão dos maus exemplos (a rebeldia, a fofoca...), e suplantar as atribuições da função, por meio da atitude de iniciativa (fazer mais do que o café com pão).

    Então, vamos lá! Busquemos nos enquadrar ao que as organizações estão procurando, com mudança de mentalidade e atitudes; não só para manter-se empregados; mas para se ter uma existência equilibrada, digna. E que através de nosso C.H.A.I.V. Sal e Luz, poder contagiar outros que ainda não perceberam que atitudes corretas nos levam a ter qualidade de vida e vida em abundância.   “... tudo o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos”, (Fl 4:8).

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